quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Esses dias eu vi: Atividade Paranormal


Há um mês mais ou menos uma aluna me falou desse filme. Meu interesse foi quase nenhum - ela falou em Bruxa de Blair, suspense, pesadelo... Me considero uma pessoa problemática nesse assunto de acreditar em coisas difíceis de acreditar: prefiro sempre as explicações que incluam objetos que eu possa tocar e manejar; o vento é ar se movimentando e não um peido de um demônio que veio me subjugar... (olhos no escuro são peferencialmente sinais de esquizofrenia do que motivos pra se achar sensitivo...) Enfim.

Resolvi ver Atividade Paranormal depois de saber que na Itália pessoas histéricas após ver o filme saíam com o coração na boca, com palpitações, suando frio, ou sendo carregadas por outras ao hospital [Boo!]. Se for um tipo besta de lance de marketing, tudo bem, gosto dessas coisas. Mordi a isca e vi o filme também.

Senti palpitações? Passei mal? Não. E nem vou dizer que agora acredito que o vento à meia-noite é o peido de um demônio e que vou dedicar as poucas horas livres da minha vida na pesquisa de seres invisíveis e que perturbam seres humanos.

Mas direi que: o filme dura uns 137 minutos, e acho que durante dez por cento disso lembrei dos momentos em que implorava pra dormir com os meus pais no quarto quando supunha ou o bicho papão ou um alienígena debaixo da cama.

Atividade Paranormal usa um efeito que tem sido usado com certa frequência no cinema atual: vai no estilo pseudo-documentário, ou, antes, pseudo-biográfico: pega-se as câmeras cinematográficas profissionais e se modificam as imagens para dar a impressão de que se trata de uma digital caseira que registra momentos singelos de pessoas normais vivendo suas aventuras e peripécias. O pioneiro nisso, pelo menos o mais famoso na história recente do cinema foi a Bruxa de Blair. Depois houve vários. Aquele do monstro em Nova York, Distrito 9, contatos de quarto grau, entre outros. O forte dessa técnica é que você, mesmo sabendo que se trata de uma ficção, se deixa levar pelo enquadramento impreciso, pelos tremeliques, pelas "imperfeições", pela interpretação relaxada dos atores (que quando são suficientemente bons, como é o caso, contribuem com o clima "isso aconteceu mesmo" do filme) etc.

Muito bem. Vemos em Atividade Paranormal um casal belo, simpático e promissor que vive sua vida tranquilamente, e que de repente começa a testemunhar coisas estranhas. O rapaz, cético e pragmático, decide usar uma câmera pra registrar tais coisas estranhas. E registra. No começo, coisinhas, bobagens: é um guabiru? A geladeira viçando? Não é nada? Com o passar do tempo, eventos cada vez mais inquietantes se sucedem... o suspense desse filme é tão bem construído com um jogo entre dúvida e descrença e evidências, que a clássica porta que bate - que na verdade no começo nem bate, só se mexe - fez meu coração pular. Não há mesmice nesse filme. Tenho que admitir que a coisa é bem feita. O ritmo de suspense e medo é constante. O fim é trégico e muito perturbador e não me fez me arrepender de ter gastado uma hora e meia noturna na frente do computador.

Assistam. Não vou fazer nem uma advertência porque já fiz propaganda demais e o Adsense olhou pra mim com desprezo comercial - não estou ganhando nada mesmo. Mas vale a pena. Espíritas e pessoas afins vão adorar Atividade Paranormal.

Pretendo rever.





[Ooops!!! A terceira imagem não é um poster oficial do filme, ok? :)]

2 comentários:

  1. Eu ainda vou ver esse filme, tenho ele la no meu blog, que por acaso é o: http://moviedownblog.blogspot.com/

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