terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Gosto de me olhar de cima de vez em quando. Como se fosse um cientista diante de uma cobaia numa caixa de vidro - e analisar.

Quando faço isso vejo picos de doses de hormônios e neurotransmissores pelo cérebro, pelo corpo, definindo assim a flutuação do humor durante o dia, a disposição da mente pra sentir mais ou menos prazer nas diversas atividades diárias...

Mas aí lembro que na verdade estou lá dentro, e que ser o cientista do lado de fora é mais um exercício intelectual do que outra coisa. Não que pensar seja inferior a viver - ou vice-versa. É que gosto de me ver de longe e de perto, em vários espelhos e assim ter uma ideia melhor do que existe em volta... etc...

As vezes que olho, de uma janela, no meio do mundo, no  meio do dia, e sinto uma felicidade repentina, um bem estar injustificado (só o sol dessa cidade, o calor, já injustifica muita coisa boa...), resisto a me questionar o que se passa, e me convenço apenas aceitar o que se sente. Eu contemplo. Eu deixo ser. É de graça e compensa o trabalho de ter que ser q se tem a maior parte do tempo...

Voilà.

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