quarta-feira, 2 de março de 2011

02 de março

02 de março de 1963. Deve ter sido um dia como os outros. A Terra no espaço e o sol no céu devem ter sido quase como são. Os mesmo ciclos e os mesmos ritmos.

02 de março de 2011. Como os outros, um dia. Mesma Terra. Ciclos. Ritmos.

48 anos seriam a metade de uma vida. Houve três no entanto já - de ausência. Esta encara-se como a um abismo. E este encara-nos como um desafio: continuar a ir. Porque o perigo de cair já nem existe - já caímos. A questão é cair como se vive. Se possível prestando atenção na luz de cima, e não no escuro de baixo.

...mas todo abismo, todo nada parece que contém uma semente de alguma coisa. Essa alguma coisa nós quatro cultivamos com uma coragem que surpreende até a nós mesmos. Alguma coisa tem que crescer bem disso tudo - à memória dos risos, da sabedoria, dos ensinamentos, do silêncio que dizia muito mais do que se poderia ouvir.

E as minhas metáforas só vão até aqui.

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