quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Como não se decepcionar com seres humanos

Pedantemente continuando na linha “Faça vc mesmo o que é impossível fazer sozinho”, seguem algumas dicas de como evitar aquele sentimento trágico de “eu não esperava isso..., oh vida, oh céus e etc...”

Primeira coisa: diante da tal tapa na cara do destino encarnado pela mão de uma pessoa amada ou querida, vasculhe bem os documentos de atos, palavras, erros e acertos da relação na sua memória e averigue mesmo se a decepção em questão não era no fundo no fundo esperável mas, mais no fundo ainda, não desejável, e portanto, invisível. Se a resposta for “Não, não, eu não esperava mesmo!”, faça como segue:

Pegue a bíblia e abra em Provérbios. Ou o Tao Te King e abra nas primeiras páginas. Ou ainda pegue Clarice ou Borges, jogue um dos livros deles pra cima e leia a primeira coisa que aparecer – tanto vai fazer mesmo se vc estiver realmente na freqüência da decepção...

Em seguida, olhe pra lua. Não ouse pensar que ela (a lua) te traiu, pq se for o caso, a coisa pode piorar por dentro do coração.

Vá até a farmácia e pergunte se eles têm uma substância chamada Depo-provera, um tipo de castrador químico para bandidos – o objetivo aqui é vc tomar essa coisa e passar a ver portas e cabides quando olhar pra seres humanos belos e legais e sensuais. Diante da resposta negativa do atendente, explique do que se trata e espere ele fazer um olhar de medo ou de desprezo ou de riso. Depois disso, vá para casa, sente-se no seu computador, e se matricule num curso de chinês no Livemocha. Depois que tiver aprendido o básico, meses depois, se ainda a sensação de “Cara, não esperava mesmo...”continuar, entre com toda a papelada para fazer o pedido de imigração para a China e espere. Espere. Espere. Dando tudo certo, havendo no heart ainda o desejo de “não quero mais ninguém nessa vida”, arrume suas malas e vá até a China. Visite a Praça da Paz Celestial, a Cidade Proibida e dê um pulo num templo budista.

Se “Oh vida oh céus” ainda for o hit nos seus pensamentos, faça o seguinte:

Perdido na China, trabalhe muito, mas bem muito, junte muito dinheiro e quando tiver poupado algumas dezenas de milhares de dólares, ou seja, daqui a uns vinte anos, ou antes quem sabe, mais ou menos na época em que a China tenha tornado a viagem pra lua viável para riquinhos (e o nosso planeta não esteja já morto), compre uma caríssima passagem pro nosso satélite natural. Isso mesmo: desfrute da gravidade zero no trajeto, olhe pra curva da Terra, pras estrelas, tenha pensamentos místicos, e etc. Chegando na lua, durante um passeio turístico na superfície, abandone o grupo e saia correndo (ou pulando) loucamente; arranque a bandeira dos EUA (se estiver mesmo lá), procure uma cratera bem escondida, mas digna, e se instale aí, forever and ever, da forma mais confortável possível....

Pronto: decepções, nunca mais.

E seja feliz.


domingo, 18 de setembro de 2011

Como tornar-se um homofóbico de carteirinha

Mais uma no esquema psicologia reversa, método psico-bio-histórico-sócio-pato-pedagógico de ser hipócrita ao contrário com pretensões de autoconhecimento indireto e ao mesmo tempo crítica ácida e tresloucada...

Que seja, então:

Ao contrário do que se pensa, se tornar um homofóbico de carteirinha não é das coisas mais simples. O processo é longo e cheio de agruras e peripécias. Mas com as minhas dicas, a via crucis que resulta na formação de uma personalidade conflituosa, contraditória e belicosa tornar-se-á certamente mais fácil de se entender, aprender e apreender. Allons-y.

Primeira coisa: lembre-se da sua infância. Focalize na imagem daquele menino que falava fino (como todos os outros meninos da escola aliás) e que todos chamavam de gayzinho; lembre-se de como ele ficava só, ou então acompanhado apenas pra ser esculachado pelos outros colegas, no meio dos quais vc entrava, já que só havia duas possibilidades, como seu pai mesmo tinha ensinado: ou é homem ou é mulher, ou é branco ou é preto, ou é deus ou o diabo – se vc não é macho, é bichinha, e uma bichinha na família, nunca! Ainda se lembre da cara de medo do coleguinha de voz fina e de como seria um pesadelo ser como ele, fraco, perseguido e estranho!

 Lembre daquele rapazinho na quinta série que só tirava nota boa, que era o queridinho dos professores – e era bicha. Lembre que mesmo quando vc estudou até altas horas da noite, ele ainda assim ficou em primeiro lugar no ranking imaginário de melhores notas: aquele VIADO!

Mas talvez vc tenha sido uma criança religiosa que estudou em escolas religiosas. Então esconda no fundo da sua memória aquele dia em que o meninozinho bonitinho passou a aula toda olhando pra vc e vc sem querer sonhou com ele fazendo brincadeiras que os seus amigos machões não considerariam muito másculas. Apague da sua memória ou então simplesmente reformule: “aquele viadinho nojento me contaminou com o seu pecado, etc, através de forças mentais, blá, blá, blá” – e lembre-se de como só possuía duas armas pra lutar contra essas forças demoníacas: ou deus ou um murro na cara. Se vc escolheu deus, sabe que hoje vc é um ardoroso defensor da moral e da vergonha na cara – pois “se eu, quando adolescente, consegui vencer as tentações abjetas da carne enviadas pelo Cão através do viadinho, então todos os homossexuais também conseguem! O fato de às vezes eu olhar durante mais de cinco segundos com desejo pros glúteos de um homem, e de vez em quando, ter um ou outro sonho com pessoas do mesmo sexo, não quer dizer nada! Apenas que o diabo sempre tenta as pessoas de bem e que eu estou no caminho certo!”.
Já que homossexuais são homens que querem ser mulheres, ao menor sinal, nem que seja o menor e quase imperceptível, e mesmo imaginado, sinal de afeminamento em algum amigo ou colega seu, solte uma expressão qualquer que o acuse explicitamente, fazendo sempre menção ao ato sexual, já que homossexuais são pessoas que fazem sexo e apenas isso, mesmo que eles trabalhem, sejam pessoas simpáticas e legais – mas são gays: tão errados quanto ladrões (embora gays não roubem pessoas), tão nocivos quanto viciados em drogas (mesmo que não haja vício nenhum nem façam mal nem a si nem a ninguém)... enfim, não seja complacente – um amigo que desmunheca na sua frente hoje sem vc falar nada, é o homossexual de amanhã que será mais um pra atazanar seu juízo e sua sexualidade correta e que corre tantos perigos no dia-a-dia!

Outra regra de ouro para se tornar um homofóbico exemplar: mesmo se vc, por falta de rigor, por acaso ou por desleixo mesmo, for menos bem sucedido do que um homossexual no trabalho, nunca aceite tal coisa, e considere esse revés algo absurdo e inadmissível! “Eu, passado pra trás por um viado ou uma lésbica nojenta? Não!” Se vc não puder torturá-lo no ambiente de trabalho com piadinhas e olhares de escárnio e ódio, faça isso na sua igreja ou no fim de semana: se vc for menor de idade, junte uns amigos e altas horas da noite bata com uma lâmpada fluorescente no rosto de um viadinho que estiver passando na esquina; se vc for de maior, faça a mesma coisa, mas com máscaras; com os irmãos da igreja, organize uma “marcha pela família” levando 9 faixas com as palavras inferno, ódio e pecador, e uma com a palavra amor.

Se vc tiver perdido sua mulher pra outra mulher, não vá conversar com um amigo bom e legal ou com um psicólogo – nem tente conhecer outra; antes, tente acabar com a vida da ex, xingue todas as lésbicas que vc vir na rua e mais uma vez, cogite a idéia de criar um grupo de Moralização Violenta da Sociedade Brasileira. As marchas pela família heterossexual e fundamentalista também vão fazer vc se sentir menos enojado pelo casamento desfeito por causa do pecado e da perversão homossexuais.

E por mais que algumas religiões e pessoas sábias digam que devemos entender e aceitar o próximo, faça de tudo pra se lembrar daquilo que duas pessoas do mesmo sexo fazem na cama! É nojento! É inaceitável! É sujo! Como entender essas pessoas que fazem tudo do que vc religiosamente foge, ou pq odeia ou pq tem medo de querer fazer também? Não, compreensão tem limite, amor ao próximo também. Mesmo que a vida sexual seja algo que diga respeito a cada um, o que homossexuais fazem é de domínio público! Porquê? Vc não precisa saber nem explicar, é assim!

Outra regra: homossexuais não são como nós, pessoas normais e equilibradas: eles, como são dominados pelo pecado, têm uma alma resistente, não podem ser feridos psicologicamente – como poderiam, se escolheram deliberadamente fazer imundícies com os seus corpos? Por isso a ênfase na violência física – a dor um dia há de abrir a mente dessas pessoas para o que é certo.

E mais: mesmo que 99% dos assassinos, estupradores, ladrões, políticos corruptos, viciados em drogas, pessoas deprimidas e etc, sejam heterossexuais, todos sabem que homossexuais são de modo inato inclinados  ao crime e a tudo o que é ruim – ainda que o padre da igreja seja pedófilo, a vizinha ultraconservadora seja alcoólatra e o pastor tenha tido um casinho com uma menina muito novinha, são os homossexuais que são os grandes pecadores!

Se vc for mulher, não tolere que todos os amigos homossexuais de suas amigas tenham namorado e até mesmo maridos (é o fim do mundo!) se vc, que é uma mulher de verdade, bonita, meio descuidada, mas MULHER de verdade, e não uma bicha, não tem nem um fica! Isso não pode acontecer, a ordem correta do mundo não é essa! E mais: grite pra todos a verdade óbvia e ululante: que todos os males do amor de que as mulheres sofrem são culpa dos homossexuais! Solução: piadas e fofocas no trabalho, confusão na rua com viados descaradamente felizes, mais marchas pela família, etc, etc.

Pra finalizar, vc não será um homofóbico ou homofóbica eficiente se não souber contrabalancear um volume enorme de pseudo-argumentos religiosos com uma dose de argumentos pseudo-científicos divulgados por sociedades ligadas ao Vaticano, por exemplo. Treine também o modo seletivo de analisar as mídias e a literatura sobre o assunto: dê preferência à Bíblia e textos de advogados, pedagogos, psicólogos e psicanalistas que tenham tido algum problema com pessoas homossexuais no passado de suas vidas. Não hesite em chamar alguns amigos que consigam escrever sem cometer muitos erros de sintaxe e de ortografia para divulgar nas listas de contatos de e-mail textos apocalípticos sobre a moral decadente do mundo de hoje, mascarando a questão do ódio aos homossexuais com idéias feministas e pseudomoralizadoras. Também nunca perca a oportunidade de relacionar pedofilia à homossexualidade: mesmo que a escola da sua filha tenha subido no ranking do ministério da educação depois que aquele professor gay ter se tornado diretor, uma mentirinha por uma boa causa é sempre bem-vinda!

Enfim, não tolere que os homossexuais conquistem direitos. Todo mundo sabe que a sua vida não vai mudar em nada, sua vida sexual não vai nem melhorar nem piorar, nem vc vai ganhar mais ou menos dinheiro; é uma questão de princípios morais: aquele casal homossexual não tem o direito de se casar e correr o risco de ser mais feliz do vc é no seu casamento sem graça!

Bem, ser um homofóbico de verdade não é fácil. Mas o caminho do céu (ou do Bem, ou da Moralidade, ou das Coisas Corretas e Direitas) não é fácil... como ser feliz na moral e na ética enquanto pessoas que vão pro inferno conseguem ser felizes sem fazer mal a ninguém?

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

- Ahn? - Hum hum. - ... - Oui...

Não sou grande conhecedor de filmes nem do cinema em geral. Se bem que ousaria dizer que pelo menos quando se trata do cinema de ficção científica teria pelo menos algo a dizer sobre – sobretudo se se trata do que foi feito nos últimos 20 anos, ou, se anterior a isso, do que é considerado “clássico”.

Ontem vi um filme chamado Primer – na verdade parece mais um daqueles telefilmes, películas feitas pra TV. É da ficção científica dum tipo muito simpático: sem pretensões, com baixíssimo orçamento, cheio de reflexões, com história plausível, ou pelo menos, não maconhística. Resumo rápido (pq o objetivo aqui não é falar de sci-fi): dois amigos depois de experimentos na garagem conseguem criar uma máquina que anula o efeito da gravidade – pra quem acompanha o assunto, a relação de gravidade e outras coisas como o tempo, não surpreende, e essa é a sequência da idéia do filme: os tais amigos (que têm uma vida normal, aliás chata... e pq eles só se vestem de camisa e gravata?) descobrem que podem voltar algumas horas ou dias no tempo. Seguem-se altas peripécias, mini-tragédias, raciocínios complicados sobre quem mudou o que no passado e como essa mudança teve desdobramentos inesperados, etc. Não é cansativo, na verdade o filme é bem curto, e desperta curiosidade. Gostei – exceto, repito, do figurino e um pouco da atuação dos personagens (é como se vc ouvisse o diretor gritando: “Vcs são jovens inteligentes e normais, meio nerds, mas nem tanto, são bonitões e racionais!”

A história desse filme é cheia das lacunas que um amigo e eu, afeitos à lingüística e ainda à literatura, chamaríamos de extra-linguísticas – um semiólogo ou um cineasta chamaria de outra coisa; mas falo daqueles buracos na fala, na narrativa do filme, que devem ser preenchidos pelo espectador e pelo seu conhecimento de vida ou de cinema. Falei disso quando “escrevi” sobre A Árvore da Vida. É óbvio que esse mecanismo não é novo -  e é óbvio que o cinema não poderia existir se um diretor num filme resolvesse contar cada detalhe das ações e dos pensamentos das personagens, meio que Joycianamente.

No entanto, penso, na minha humilde ousadia de cada dia, que o cinema de hoje não pode prescindir disso. Os filmes de hoje não são como os filmes dos anos 1930 – oh, coisa mais que óbvia. Por exemplo, quem já viu Metropolis, clássico da ficção científica, além do maravilhamento pela sensibilidade do criador em tratar de forma visionária temas que hoje são correntes e até démodés, não pode se impedir de rir pelo menos mentalmente de cenas hoje desnecessárias, de precisões da narrativa que hoje são subentendidas. Quem acompanha o cinema (e falo do cinema americano combinado ao europeu e um pouco do oriental, com leves pitadas do nórdico e escandinavo, dos quais tenho idéias en passant) nos últimos 10 anos, acho que já é capaz de acompanhar uma Árvore da Vida ou um O segredo dos teus olhos sem muito problema pra costurar os pedaços lançados na tela. Não sei se me faço entender e é por isso que passo adiante:

Clarice disse que gostava mais do que ela dizia nas entrelinhas. Todos e todas, de escritores ávidos pela palavra perfeita a adolescentes de vocabulário de 300 palavras que querem se desculpar por serem idiotas, já sentiram e já usaram frases do tipo: “Não sei o que dizer...” e entende-se que a sequência é “...porque não encontro palavras tão complexas ou tão simples que possam traduzir com eficácia completa o que sinto e penso ou sinto que penso ou penso que sinto”. Embora sejam coisas ligeiramente diferentes mas relacionadas, não é incrível como vc consegue comunicar algo a um amigo íntimo com poucas palavras ou simplesmente nenhuma, ou com um mero gesto, ou com um silêncio de certa duração? Não é maravilhoso o que se pode dizer em uma sala de aula aos alunos, com um olhar, uma contração de músculos ou ainda um mero silêncio? E na intimidade a dois – as possibilidades de comunicação muda são maiores ainda, já que o corpo está ali pulsante de sentidos e palavras de carne e cheiro... Acho isso fascinante – e é por isso que considero as conexões que estabeleço com pessoas ao longo do tempo e das experiências sinceras de afeição que se compartilham,  das coisas mais valiosas que existem: estar com alguém e dividir com outrem, além de momentos da sua vida, mas também a expressão e impressões desses momentos, a ponto de elas juntas formarem uma sinfonia e uma sintonia quase perfeitas – é algo semi-mágico, semi-divino...

Alguns filmes, livros, músicas e pessoas me fazem pensar nisso que tentei descrever acima (meio hippiemente). O Escafandro e a Borboleta, Certas Canções (Milton Nascimento), Água Viva (Clarice Lispector), minha família, meus amigos. Coisas também: o mar, uma planta e um pôr do sol. E formigas.

Alguns processos: coisas assando no forno.

Hoje é feriado, o que explica esses suspiros místico-psico-filosóficos. O céu azul está gritando coisas boas, daqui de casa, no Benfica, ouço o mar convidativo. O barulho da bomba d’água do prédio e do locatário que sempre fala gritando não anulam a sensação de bem estar.

Encerrando essas reflexões-confissões de um pré-pós-trinta, bonne journée à toutes et à tous.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A Árvore da Vida e do "é..."

Não vou me alongar - prolixidade mil vezes é um defeito intolerável.

Sábado à noite, se vc já estiver no clima reflexivo ao qual algumas pessoas tendem naturalmente, ou ao qual são convidadas em dadas ocasiões, não aconselho comer do fruto da Árvore da Vida. É possível que ganhe prêmios, e merecidos: na minha dubitável opinião é ousado - hoje em dia estão na moda filmes cheios de flashes back, de recortes narrativos (nesses casos os diretores contam com o conhecimento cinematográfico do espectador, que está cansado por exemplo de saber que o perdedor adolescente mais cedo ou mais tarde vai virar um super-herói...), etc. A Árvore da Vida é uma sopa de cenas e diálogos, um quebra-cabeça, que reflete mesmo um certo estado mental de angústia e questionamento sobre a vida - e é um quebra-cabela que o espectador deve montar - e essa a ousadia do filme. Cenas do Big Bang narradas pela mãe que perdeu o filho num acidente se combinam à mudez de uma cena de um dinossauro que hesita em devorar outro... Eu sei, contando assim parece a cara da maconha - mas o filme é bonito. As cenas da biogênese, um pouco de evolução e a conjunção da história de Tudo com a história de Alguém, do cosmo e de uma pessoa, cria um efeito de perspectiva muito eloquente: o homem é nada diante da natureza, mas ao mesmo tempo é muito porque faz parte dela... se bem que essa "interpretação" é por minha conta, pois a ideia sugerida no filme na boca de uma personagem é que há o caminho da natureza e o caminho da graça, coisa com a qual não concordo: graça e natureza são uma coisa só... Vide Tao Te King.


Ouvi por aí que psicanalistas e psicólogos promovem discussões e reflexões depois do filme... devem ser interessantes os papos freudianos sobre o significado do fogo, da água e de trechos da narração de certas cenas...

Se vc não é mãe, não perdeu alguém de importante na sua vida, não gosta de ficção científica nem é religioso, mais especificamente cristão, não veja A Árvore da Vida. Se sim, pegue a fatia que mais lhe agrada e tenha bons momentos de reflexão... e um pouco de cansaço.