terça-feira, 12 de março de 2013

Aulinha legal e divertida - com figurinhas! - para crianças e adultos especiais! (sobretudo para os que querem ir pro céu)

Oi crianças!

Hoje a lição é sobre homossexualidade e homofobia! Êeeee!!!

Olha que legal, prestem bem atenção nas figurinhas que o tio vai mostrar:

Homossexuais são pessoas, iguaizinhas a mim e a vc, ou ao Papa, ou à sua mãe ou ao seu vizinho fofoqueiro: elas comem, trabalham, riem, choram, vão pro parque, soltam pum e querem ser tratadas bem.

Homossexuais não nem antenas nem rabos, crianças. Eles podem ser assim ó:




 Eles podem ser médicos, cabeleireiros, motoristas de táxi, advogados, artistas, engenheiros, diretores de escola, padres, pastores...

Heterossexuais são assim - olha que legal:




Quem sabe qual é a diferença entre heterossexuais e homossexuais? Isso mesmo! Nenhuma!

 Antes de continuar com a nossa historinha, queria perguntar quem sabe que país é esse?

Olha, que sabidos! É o Brasil! Que país grandão né? Tanta gente mora aqui - gente preta, gente branca, gente mulata, índio, gente chata, gente legal... Sabe porquê? Porque o Brasil é uma DE-MO-CRA... CIAAAAA... E também é um país LAAAAAI-COOOO!!! Isso!

E esse país aqui, qual é?


Muito bem! É o Irã. O Irã não é uma democracia - é uma teocracia. O que é uma teocracia? Lá quem manda é Alá - Alá é como os muçulmanos chamam Deus. Os homens de lá matam e torturam quem não concorda com as coisas que os profetas disseram há mais de mil anos! Que coisa triste né, crianças?

Só pra repetir: o Irã é uma democracia?
- Nãããããão!!!
- O Brasil é uma teocracia?
- Nãããããão!
- Muito bem!

E o que é homofobia? Homofobia é quando uma pessoa tem raiva de um homossexual e faz tudo pra atrapalhar a vida dela. Tem gente que mata homossexuais só porque eles são homossexuais! É crianças!

Olha essa imagem, agora... O que é isso? Acertou! A Bíblia!
Uns homens muito velhos escreveram algumas partes há muito, muito tempo, uns 3000 anos atrás. Nesse tempo, os homens se vestiam com roupa de couro, nem tinham casa onde morar e matavam bezerrinhos e queimavam a carne deles pra calmar Deus, que naquela época era muito bravo:
Hoje ninguém faz mais isso no Brasil, mas tem gente que ainda quer matar homossexuais porque está escrito lá - mas porque será que tem gente grande que não pára de cortar a barba, como diz na Bíblia? Nem joga pedra na mamãe de vocês se ela sair sem o papai deixar? Pois é crianças, gente grande é esquisita né?

O mundo mudou muito e hoje a gente tem celular, computador, bebê de proveta, o carro... A ciência hoje é muito importante pra nossa vida e pra vida dos outros, né - a sociedade de hoje, de agora, não é a mesma do tempo de Noé, não é verdade?

Tem gente que diz que ser homossexual é uma doença. Mas vários cientistas disseram que nisso não é verdade. E todo mundo sabe que isso aqui, ó, é doença:


Isso, a gripe! E isso aqui também:
Que coisa feia! A pedofilia! O que foi que o tio disse se uma pessoa grande querer tocar em vocês de um jeito feio? Isso, chama o papai ou a mamãe pra eles chamarem a polícia!

Ah, e tem gente grande também que diz que ser gay é um crime, é uma coisa feia como usar drogas! Mas todo mundo sabe que isso aqui acontece...

...quando alguém usa drogas ou rouba alguém...
Mas vcs sabiam que o nosso país tem uma bíblia? Só que ela não foi escrita há mais de 3000 anos, mas  há mais de 30 anos. Como a gente chama essa bíblia? Isso, Constituição Federal! Ela muda de vez em quando - a constituição de 1988 não é a mesma do Império, por exemplo - as pessoas mudam e a bíblia do nosso país também tem que mudar. A bíblia de Deus só vale pra quem tá na igreja, tá crianças, mas a constituição vale pra TODO MUNDO. Na constituição, todo mundo é igual e deve ter acesso aos mesmos direitos e deveres:

Então se todo mundo é igual, esses casais aqui são todos iguais:

A Maria e o João:
O Felipe e o Paulo:
A Ana e a Cláudia:
E devem ter acesso aos mesmos direitos que o papai e a mamãe têm - não é verdade?

- Mas tio, eu não tenho papai nem mamãe...
- Mas tem a sua vovó e a titia, não tem?
- Tenho...
- Então, você também tem direitos, e sua vovó e sua tia, que cuidam de você, também!
- Mas isso é normal, tio?
- Claro que é!

Então crianças, se todo mundo respeitasse os outros, se todo mundo se importasse com a sua própria vida e se todo mundo seguisse as leis do país, o mundo não seria assim, ó?

Então, crianças, a lição é essa:

Todo mundo tem o direito de ser feliz contanto que não machuque o outro, tá bom?

Beijão!




Se o recado não estiver dado, aconselho para alguns fundamentalistas de plantão que se inspirem livremente neste filme.

Ou, para os mais temerosos com o Apocalipse, vejam isso.

No mais, abraço para todos e todas!











domingo, 10 de março de 2013

As Boas Mulheres da China ou Porque amo Jorge Luis Borges

Porque eu falo tanto de Jorge Luis Borges? Porque penso nele como um sacerdote da literatura - uma pessoa que, deliberadamente ou não, abdicou da vida plena como ser humano em prol de uma relação quase religiosa com os livros. Dono de um volume de leituras absurdo e variadíssimo, e de uma sabedoria toda sui-generis, os exercícios de combinação e recombinação e criatividade resultaram em uma escrita que eu consigo imaginar poucas palavras mais eloquentes do que "mágica" para classificá-la...

No meio de sua filosofia, que se encontra dispersa nos contos,  palestras e poemas que ele escreveu, uma de que gosto muito, e que achei assombrosa - assim como tanta coisa que ele nos deu como literatura - é a ideia de que espaço e tempo não são de forma alguma absolutos e se conformam de acordo com a visão ou percepção individual de cada um. Meus limitados conhecimentos de filosofia me sugerem que ele não foi o primeiro a dizer isso, mas penso que vi aí muito mais do que o solipsismo básico identificável... Talvez a metáfora que ele tenha utilizado de forma tão educativa tenha marcado essa ideia, e é a seguinte: a de que tempo e espaço são como a luz de uma vela que cada ser humano carrega ao longo da vida. Se ainda não estiver claro, pensem um pouco por si mesmos nessa história de tempo e espaço, e também na metáfora e vejam como é ela assustadoramente poética e bonita - digo assustadoramente porque ela implica no ato solitário de existir nesse mundo... ao mesmo tempo que desenha de uma forma linda a figura de duas ou mais pessoas que se encontram, juntando a luz de suas "velas existenciais", compartilhando suas noções de tempo e de espaço como dois vaga-lumes se encontrando no meio da escuridão, interagindo e produzindo um mundo em comum...

Não sei se a poética dessa metáfora anula sua carga de solidão, mas o que me fez pensar nela (não sei se da forma mais logicamente correta) foi a leitura de um dos mais enriquecedores livros que já li na minha vida: "As boas mulheres da China". O título soa simples e simpático como as expressões do rosto da autora, Xinran Xue, uma jornalista chinesa que, decidindo conhecer mais sobre como vivem e quem são as mulheres de seu país, produziu uma das obras mais informativas e emocionantes sobre a cultura do Império do Meio, particularmente a parte concernente às mulheres.

A partir de histórias que ouviu ou leu em seu programa de rádio ao longo de anos, e ainda por meio de entrevistas espontâneas ou casuais com mulheres dos tipos, lugares e classes sociais mais diferentes possíveis, Xinran nos presenteia com um um riquíssimo retrato da situação da mulher na China atual. Estamos falando de personalidades que, a depender da região e do estrato social a que pertencem, vivem como há 800 anos, nos tempos do império, ou como há dez, como na década de 90 ou 2000 em pleno ocidente. Há muita lágrima e muito sangue das mulheres que tiveram seu amor e sua esperança esmagadas pelas engrenagens de um sistema político ditatorial inclemente. Há histórias de tragédias naturais seguidas de tragédias humanitárias, onde as mulheres são as que inegavelmente pagam o maior preço pelo fato de serem o que são: o gênero considerado "frágil" - nunca esse adjetivo me soou mais absurdo do que ao longo da leitura de As Boas Mulheres da China. Algumas histórias - todas reais - têm o mesmo teor moral e trágico de um conto de fadas ou de uma fábula; a mais de uma, a única reação são as lágrimas e em outra, soluços. Não quero fazer aqui a exaltação da literatura de lamúria - não é isso que a autora pretende. Seu trabalho de pesquisa pode se considerar de caráter documental; seu olhar de mulher ávida de saber o que se passa com suas congêneres era inevitável, e seria falso ou inadequado se ela tentasse aplicar-lhe outra perspectiva que não a sua...

A China é um planeta em si praticamente. E uma parte dessa planeta vive num eclipse quase permanente - é aí que vivem milhões de mulheres que existem numa ignorância e numa pobreza extremas, algumas; e numa prisão intelectual, numa tortura afetiva e psicológica desumanas e insustentáveis, outras. Mulheres que, por exemplo, perdidas numa planície num deserto no meio do país, só recebem dos homens uma refeição de papa rala de farinha e água - mulheres que são tratadas pelos homens como moeda de trocas entre clãs... Outras que têm a sexualidade violada das maneiras mais cruéis possíveis, em seu corpo e em sua desinformação... Poderia listar aqui, como exemplos das histórias, infinitos trechos cheios de pesar e de dor, mas aconselho simplesmente a leitura dessa obra, que no esquema da metáfora acima, funciona como uma fogueira ao redor da qual cada um de nós, ignorante muitas vezes do sofrimento alheio, ou às vezes apenas vagamente conscientes do quanto de infelicidade assombra a vida de pessoas por aí (vivendo numa escuridão tal que fazem nossos problemas individuais parecerem desafios de gincana perfeitamente vencíveis), podemos contribuir com sua luz existencial individual...

Sob esse eclipse chinês, muito além das lágrimas que como humanos derrubamos por essas mulheres, o fato de saber passa a ser uma chama, uma coisa que pode resultar em outra, nem que seja a autotransformação, ou o maior respeito pela condição do vizinho, ou a sensibilização em relação às pessoas que aqui, há dezenas de quilômetros, sofrem com a seca ou com a fome, ou com a dor de verem suas filhas e mães assassinadas sem punição...

A dor existe. Transformar a consciência da existência dessa dor em algo de útil e não apenas poéticamente choroso depende do espírito de cada um. A compaixão pode servir, como Nietzsche indicou, como um catalisador para uma epidemia de dor - em que todos choram juntos e nada é feito. Xinran não apresenta as histórias dessas boas mulheres da China com esse intuito. Entre seus objetivos, certamente há a velha, mas importantíssima ideia de lembrar que, mesmo em momentos onde tudo, a nível nacional ou individual, aparentemente vai bem, sempre há algo a ser feito com respeito a algo ou alguém, e que isso não pode ser esquecido, com o risco de se cometerem injustiças dignas de Hitler, pelo simples fato de "não sabermos"...

Xinran hoje é professora universitária em Londres e escreve livros em que dá continuidade a seu trabalho de informação sobre esse planeta China, que a maioria esmagadora dos chamados ocidentais nem de perto conhecem. Em suas falas, dá mostra de uma polidez e de uma delicadeza que vão muito bem com a perspicácia de seu pensamento e a agudez de espírito: é uma mulher inteligente e profundamente marcada pelas histórias que ouviu e viveu - já que ela também foi vítima dos episódios mais desumanos da Revolução Cultural comunista da China. Aqui está uma entrevista dela no programa Roda Viva - que não é das melhores, já que tem-se a nítida impressão de quem nem todos os presentes no debate leram o livro...

Não sei pra quantos das pessoas que ocasionalmente leem essas coisas que escreveo o livro é um dos objetos mais importantes já inventados pelo ser humano, mas considero que aconselhar um livro transformador, apresentar alguém a um grande autor que marcou a sua vida é um dos maiores presentes que se pode dar a alguém. Pois eis aqui um presente - que recebi da minha amiga Joana d'Arc, a quem agradeço demais.

Mas ok, esse tom superlativo meio que cansa no final. Leiam o livro.


sábado, 2 de março de 2013

Esses dias eu vi

"E para os amantes da sétima arte, nossas dicas de filmes para o fim de semana!" - argh.


João e Maria - caçadores de bruxas

Pegue um clássico da literatura, introduza na narrativa - já entortada por licenças criativas duvidosas do diretor - elementos contemporâneos como violência, velocidade e talvez um pouco de pornografia, tudo devidamente maquiado pela tecnologia 3D: eis a receita dos estúdios pra produzir um thriller que garanta alguns ou vários milhões nos bolsos dos figurões dos estúdios hollywoodianos. João e Maria vai bem nessa linha - só que na parte "licenças criativas duvidosas" os criadores do filme vão além e em plena Idade Média vemos no filme uma vitrola, uma arma de fogo digna de Matrix e - pasmem e se perguntem "Porquê? -  injeções de insulina... Tipo: que maconha foi essa que esse povo fumou? Ao longo do filme a experiência infantil do 3D narcotiza vc um pouco em relação à ruindade do filme... No fim, vc se arrepende de ter gasto seus 20 reais.  Classificação: podre.

O impossível

Família luta pela sobrevivência depois da tsunami do Natal de 2005 na Tailândia. A sinopse promete um drama daqueles; e o filme cumpre. A história ultrapassa em alguns pontos o nível médio dos dramas comuns. Cenas bonitas de solidariedade são bem dosadas com as de tragédia pura: pessoas sendo moídas pela correnteza da terrível onda, o desespero de perder a família no meio do caos instalado, a ajuda de desconhecidos que trazem o refrigério da esperança... Preparem o lenço, certamente. Deveria dizer que o final é feliz? Digo sim: pra compensar a tonelada de tristeza oferecida em pedaços grandes no filme. Vejam.

50%

Mais um drama: do tipo que dá vontade de viver. Jovem descobre que tem câncer: amigos que somem, amigos que ficam, lições dolorosas proporcionadas pela tragédia da doença, e claro, amor que brota de onde não se esperava. Mais lenços. Classificação: muito bom.

As aventuras de Pi

Lindo, denso, tenso, pedagógico e cheio de pedacinhos pontuais de sabedoria. Histórias de náufragos lutando pela sobrevivência quase sempre são bonitas e inspiradoras. Essa aqui é mais do que isso: é linda, é bonita de se ver e de sentir - mesmo sendo baseada num livro que "tomou emprestado" (pra ser simpático) o miolo da historia de Moacyr Scliar, Max e os felinos... Empréstimos do tipo são mais ou menos inevitáveis hoje em dia - mas daí a vc declarar que "Me inspirei numa boa história de um péssimo escritor", já é muita ousadia... Polêmicas autorais à parte  - sem dúvida, vejam e se deliciem. As reflexões religiosas presentes no filme podem agradar aos mais crédulos, ou pelo contrário, podem desagradar, pelo mesmíssimo motivo: o profundo respeito a todas as religiões. No final, presente para os freudistas: o estratagema um tanto irritante de alguns autores de, no fim de uma história um tanto fantástica, oferecerem a possibilidade de que toda ou parte da ação possa ser interpretada no divã... Classificação: lindo.

A ilha

Esse eu revi depois de muito tempo. Tipo de filme alarmista mas que se baseia em ideias bem factíveis: micro-sociedade ultra-vigiada onde "sobreviventes" de uma suposta contaminação global levam uma vida onde suas perguntas sobre "Porque" ou "Como" nunca são respondidas - mais um no esquema "A curiosidade e coragem do espírito humano salva o mundo". O herói da história, impulsionado por seus questionamentos ultra-clichê acaba descobrindo uma terrível realidade na qual ele e seus concidadãos não passam, resumidamente, de gado... ou, mais especificamente, e já fazendo um pouco de spoiler, têm como função vital a de serem apólices de seguro de vida para outros seres humanos ricos que pagam uma grande corporação para que... Não vou dizer o resto. Apesar dos clichês, é muito bom. Dá o que pensar. Classificação: veja.

O lado bom da vida

Filme interessante que aparentemente tenta melhorar o ânimo dos que sofrem das "novas doenças mentais" do nosso mundo ansioso de hoje, dizendo que "sem pró, ser doido é normal". Comédias românticas realmente não me apetecem muito (porque em geral o lado comédia [ que penso que deve ser sempre um pouco ou muito ácido] quase sempre se dilui no açúcar do romantismo barato...), mas essa é cínica e rápida, num ritmo que às vezes dificulta o acompanhamento de todos os detalhes. Disseram que Robert De Niro não está bom nesse filme - não sei porque... mas enfim, que sei eu? O ator principal, cujo nome não me vem à mente agora, é apenas "legal". A Katniss de Jogos Vorazes, porém, além de felinamente linda, faz um papel sensível, forte e decidido. Merecia ou não merecia o Oscar? Who cares? Classificação: bom.

Love

Não, nem comédia romântica nem drama: ficção científica do tipo baixo custo e boas ideias: astronauta que vive sozinho numa estação especial tendo companhia só a si mesmo e computadores perde contato com a Terra e se vâ forever alone, perdido no espaço, na órbita do planeta. O filme é sua história pra não endoidar. Sim, um pouco de tédio está nas previsões. Não, não é perda de tempo. Sim, há muitos filmes melhores. Talvez, talvez valha a pena. Classificação: uma boa ideia não basta pra fazer um bom filme. Ah, o final é surpreendente, e a confusão é proposital mesmo - mas tipo, nada a ver...

Prometheus

Ficção das boas. Quem acompanha a série Alien vai se deliciar com as cenas nojentas. Na economia da saga (Alien 1, 2, 3 e 4 - Alien vs Predador não contam), elementos novos são introduzidos e promessas de reformulação de alguns aspectos da história e de revelações bombásticas também aparecem - mas mais perguntas ainda são feitas. Seres humanos são experiência de engenheiros extra-terrestres que depois de nos criarem decidem nos destruir sem quê nem pra quê. Ora, mas porquê? E quem são esses "engenheiros"? De onde vêm? Porque decidiram nos destruir? Questões filosóficas e religiosas entremeiam toda a história - se bem que em alguns momentos, impressões de déjà vu são inevitáveis... Visualmente muito bem realizado. O humor é meio problemático e algumas frases soltas sobre vida e morte e deus são ingenuamente profundas. Classificação: vejam.

Cloud Atlas

Não, esse aqui merece um post só pra ele.

Argo

Todo mundo conhece a história e ela realmente é boa. Mas só eu vi o narcisismo do Ben Affleck em ação ao longo do filme todo? "Eu sou lindo", "Eu sou demais", estão em quase todas as cenas em que ele aparece... Não que ele não seja lindo e demais (ele é, demais até!), no entanto, porém, entretanto... né? O auto-louvor do cinema americano também soou algo pretensioso - mas as bases "reais" da história falam a favor do filme... enfim. Vejam. Classificação: bom.