sábado, 4 de abril de 2015

Everlasting yea!

Everlasting yea


O que dizer
O que sentir
O que querer
Se alguma vez no tempo
Já se disse tudo
Sentiu-se tudo
Desejou-se tudo.

Um sorriso de ontem ou hoje é espelho e reflexo
Do sorriso de algum hoje ou ontem
Perdido no excesso de fatos e feitos
Tecidos pelas mãos inquietas da Vida
Ao longo dos séculos, de todos.

Quantas vezes devo ter chorado sem saber
O suor de amor de amantes de outras eras
Ou bebi da dor amarga de outros que fostes
E dei meu corpo pra corpos teus em fragmentos
Nos de todos os homens amados em Roma
De todos os homens reverenciados na Grécia
Ou cantados em poemas da Paris de todos os séculos...?

O que há na rosa de hoje que na de ontem não fosse glória
Ou já espinho?
O que faz do sol de um dia de praia
O que ele não foi em bilhões de anos?
O que é um corpo respirando
Senão um corpo respirando
Que por acaso
Que por destino
É o teu ao lado na cama?

Tudo se repete e é fútil?
Tudo é reflexo e é ilusão e mentira?
Uma lágrima é água de sal,
Um beijo um mero toque de bocas,
Um abraço um simples encostar de corpos quentes?

De cima, de longe, à distância
Tudo é impreciso e igual e amorfo:
Não há faces, nem gestos, nem diferença...

Mas de dentro, de dentro para dentro
Quebrando a casca, fundindo rios,
Misturando lágrimas e confundindo risos,
(Se digo sim, e sim tu também)
Água de sal é pacto de sangue escorrendo o rosto
E um beijo é beijo de almas e quereres
E um abraço são dois corpos feitos uma só casa
Onde se pode ser mais do que se é
Ter mais do que se quis
Sentir mais do que pensou...
Ser mais feliz do que ser triste.

Amor é sim.