Tom
Kirkman é aquele amigo gente boa, com quem você pode contar sempre. Ele não
mente, não trapaceia, destesta políticos corruptos e oportunistas, e governa o
país mais poderoso do mundo(até agora). Ok, mas, mesmo num seriado, é de se perguntar: como ele, sendo essa alma boa e cândida, chegou lá na cadeira de
presidente? Obviamente que não foi por meio de um processo eleitoral cheio de
alianças toscas, de propagandas agressivas e ataques baratos, como vemos no mundo
todo. Seria preciso formatar todo o governo americano... e foi isso que aconteceu: um mega-atentado tranforma a Casa Branca em pó e, com ela, os nomes mais importantes da política americana,
incluindo o presidente. A constituição dos EUA prevê a existÊncia do Designated
survivor, o sobrevivente designado, alguém que deve assumir a presidência do
país em casos extremos. Pois Tom Kirkman era um designated survivor, e voilà:
um joão ninguém, o seu zé da esquina toma posse da cadeira mais poderosa do
mundo... Ele era um secretário de alguma coisa, um cargo
semi-insignificante, do qual tinha sido demitido, aliás, pelo próprio
presidente antes de este morrer no ataque terrorista.
A
questão é: passando por mil e um percalços, desprezo, dúvida do povo americano,
ódio dos políticos que se recusam a serem liderados por um desconhecido, o
secretáro de alguma coisa vai conseguindo provar, ao longo dos episódios, que
pode sim tocar o barco e mandar na p*rra toda, e se transforma num presidente respeitável e eficiente,
e, sobretudo, como já disse, humano.

Então,
veja. É o tipo de seriado que conduz seu pensamento em direção a coisas boas –
que é algo de que realmente precisamos nos últimos tempos.