domingo, 7 de agosto de 2011

Bonjour


Há um cinza na curva das cores,
Um turvo no brilho do quente
Um pingo de sal no pó de asfalto...

O fio de vida oblíquo que do dentro ao fora tende
Treme em notas chinesas, melodia do oeste,
Cadência incorreta em sussurro islandês.

Não que seja sempre assim o bom-dia.
É que o verbo de ser preso entre linhas
Cuja autoria sempre oculta, e muda,
De vez em quando,
De vez em quando,
Não amanhece,
Não amanhece,
E bonjour
É só bonjour mesmo.

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