Não tenho nada contra bares – “com certeza que não!” diriam com certo riso malicioso alguns amigos. Bares são espaços semi-mágicos onde depois de horas ou dias de trabalho ou estudos extenuantes pessoas cansadas se deleitam em serem apenas animais que se intoxicam a fim de resumidamente viver e esquecer ao mesmo tempo... O bar introduz a Noite e suas promessas, etc... Ok.
Mas quando esse mundo mágico deixa fugir sons cacofônicos de décadas perdidas nos tempos, ou de vozes perdidas dos labirintos da sensualidade explícita e simplificada das massas cantantes alcoolizadas... e isto entra janela a dentro sem pedir favor, espalhando sexo, pranto e gritos por onde deveria haver apenas os sons do sono merecido e da tranqüilidade do lar, aí sim bar rima com ímpetos de matar, ou de se matar...
L’enfer, c’est le bar des autres.
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