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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Vamos brincar de Waaaar?
Prof.: - Vamos brincar de War crianças?
Alunos: - Vamooooosss!!!
Prof.: - Mas esse joguinho não é aquele que vcs conhecem, tá bom? Esse aqui é mais legal. Olha só o que eu trouxe pra vcs!
Alunos: - Êeeeeee!!! Armaaaaasssss!!!
Prof.: - Ééee!!! Vamos dividir os grupos? Vcs aqui são os Estados Unidos... Vcs aqui são o Irã, vcs a China, vcs a Rússia, vcs a Síria... e vcs... são Israel!
Israel: - Mas porque a gente é Israel?
Prof.: - Porque semana passada vc apanhou do Hans, lembra?
Irã: - E também pq ele é muito chato, professor!
Israel: - Se fosse vc... ainda tá doendo! Vcs vão ver, seu Irã do cão!
Prof.: - Crianças! Prestem atenção. As regras são as seguintes. Cada grupo tem um monte de bombinha...
Alunos: - Êeeeeee...
Prof.: - E uma bombona igual a essa...
Irã: - Mas professor, a gente não tem a bombona...
Prof.: - Calma, Irã, eu vou explicar porque: pra ganhar a bomba maior, vc precisa se esconder dos Estados Unidos e de Israel, pq Israel quer tomar todas as bombinhas de vcs e ainda jogar as bombinhas dele em vcs. Síria é o seu melhor amigo. Os Estados Unidos não gostam de vcs, mas eles não podem atacar diretamente. É por isso que Estados Unidos, toda vez que Israel jogar uma bombinha em vcs do Irã, vão dizer que isso é errado na frente de todo mundo, mas por trás, assim ó, com as mãos pelas costas, vão dar mais algumas bombinhas a Israel, certo?
Alunos: - CERTOOO!!!
Rússia: - E a gente professor?
Prof.: - A Rússia vai ajudar o Irã de vez em quando e a China também. No final, vcs vão entender que todo mundo tá torcendo para Israel usar a bomba grande, pq assim, o Irã também vai querer ter a dele pra poder usar também e todo mundo vai ganhar mais pontos.
EUA: - E a gente vai poder atacar o Irã tb professor?
Prof.: - Vai sim, pq vcs são muito amigos de Israel. Mas atenção hein: a China e a Rússia podem querer jogar bombinhas nos Estados Unidos...
Alunos: - Êeeeeee!!! E aí todo mundo entra em guerraaaa!!!
Prof.: - Isso mesmo. Prontos pra começar?
Alunos: - SIMMMMM!!!
Prof.: - Então vamo lá! Quando eu disser já: UM, DOIS, TRÊS E JÁAAA!!!
Enquanto as crianças utilizavam só as bombinhas, apenas se ouviam gritos. Havia pernas e braços machucados e talvez um pouquinho de sangue, que nem era percebido, de tão absortas que as crianças estavam na brincadeira.
Mas quando os meninos de Israel usaram a bomba maior, todos os que tinham uma também quiseram usar, inclusive o Irã, que possuía umas duas escondidas no bolso...
...e aí todas as crianças morreram, inclusive o professor, pq as bombinhas, sobretudo a grandona, eram de verdade.
E as baratas viveram felizes para sempre durante milhões de anos... até evoluírem e começarem a brincar de War tb.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Como não se decepcionar com seres humanos
Pedantemente continuando na linha “Faça vc mesmo o que é impossível fazer sozinho”, seguem algumas dicas de como evitar aquele sentimento trágico de “eu não esperava isso..., oh vida, oh céus e etc...”
Primeira coisa: diante da tal tapa na cara do destino encarnado pela mão de uma pessoa amada ou querida, vasculhe bem os documentos de atos, palavras, erros e acertos da relação na sua memória e averigue mesmo se a decepção em questão não era no fundo no fundo esperável mas, mais no fundo ainda, não desejável, e portanto, invisível. Se a resposta for “Não, não, eu não esperava mesmo!”, faça como segue:
Pegue a bíblia e abra em Provérbios. Ou o Tao Te King e abra nas primeiras páginas. Ou ainda pegue Clarice ou Borges, jogue um dos livros deles pra cima e leia a primeira coisa que aparecer – tanto vai fazer mesmo se vc estiver realmente na freqüência da decepção...
Em seguida, olhe pra lua. Não ouse pensar que ela (a lua) te traiu, pq se for o caso, a coisa pode piorar por dentro do coração.
Vá até a farmácia e pergunte se eles têm uma substância chamada Depo-provera, um tipo de castrador químico para bandidos – o objetivo aqui é vc tomar essa coisa e passar a ver portas e cabides quando olhar pra seres humanos belos e legais e sensuais. Diante da resposta negativa do atendente, explique do que se trata e espere ele fazer um olhar de medo ou de desprezo ou de riso. Depois disso, vá para casa, sente-se no seu computador, e se matricule num curso de chinês no Livemocha. Depois que tiver aprendido o básico, meses depois, se ainda a sensação de “Cara, não esperava mesmo...”continuar, entre com toda a papelada para fazer o pedido de imigração para a China e espere. Espere. Espere. Dando tudo certo, havendo no heart ainda o desejo de “não quero mais ninguém nessa vida”, arrume suas malas e vá até a China. Visite a Praça da Paz Celestial, a Cidade Proibida e dê um pulo num templo budista.
Se “Oh vida oh céus” ainda for o hit nos seus pensamentos, faça o seguinte:
Perdido na China, trabalhe muito, mas bem muito, junte muito dinheiro e quando tiver poupado algumas dezenas de milhares de dólares, ou seja, daqui a uns vinte anos, ou antes quem sabe, mais ou menos na época em que a China tenha tornado a viagem pra lua viável para riquinhos (e o nosso planeta não esteja já morto), compre uma caríssima passagem pro nosso satélite natural. Isso mesmo: desfrute da gravidade zero no trajeto, olhe pra curva da Terra, pras estrelas, tenha pensamentos místicos, e etc. Chegando na lua, durante um passeio turístico na superfície, abandone o grupo e saia correndo (ou pulando) loucamente; arranque a bandeira dos EUA (se estiver mesmo lá), procure uma cratera bem escondida, mas digna, e se instale aí, forever and ever, da forma mais confortável possível....
Pronto: decepções, nunca mais.
Pronto: decepções, nunca mais.
E seja feliz.
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